
Peito a dor do desprezo.
Sinto os olhares impiedosos
Julgando os maltrapilhos.
A rua despida sem paz na solidão,
É o norte equidistante dos mendigos.
Carentes de devaneios,
Vagam pelo tempo que não passou,
Faz da hora uma cadeia de promessas
Que não se pode cumprir.
O crepúsculo é o panorama
Enfadonho de sua perambulação,
Perpetrando seus pés,
Carne viva latejante.
Semblantes melancólicos...
Imémores nas sarjetas do acaso,
Suplicando um pedaço de hóstia deteriorada.
O caos do pensamento,
Leva-os a caminhar enclausurado
Na vertiginosa chuva conspurcada,
Trazendo o pálido frio perspicaz,
E fraudando a fome
Com o silêncio no tempo perduro.
Pablo Silva