sábado, 2 de maio de 2009

Às vezes eu me distraio.
E involuntariamente e quase que imperceptível,
Pessoas entram e saem da minha vida.
Algumas demoram, outras não...
As raras permanecem em minha singela estante reinventada por mim...
Algumas marcam e outras não.
Anjo, nome similar às coisas boas.
Anjo Lindo
Anjo que protege
Anjo que cuida
Anjo sensível
Os anjos não são comuns, eles se escondem da gente, sonham com as estrelas e glorificam o céu ao iniciar de um belo crepúsculo.
Isolam-se na tristeza, nas dúvidas e nas incertezas do amanhã.
Lutam incansavelmente pela felicidade, sem ao menos perceber que seu exterior a exala.
Derramam Lágrimas por serem tão transparentes comparados a um ser humano.
São identificados pela sensibilidade que os separa dos comuns.
É uma pessoa linda.
É o meu anjo
Meu anjo de ombros que me acolhem
De olhos doces... quase sempre compenetrados em meu sorriso.
Um olhar que quase se nota a sua alma interior, olhar sábio... ora alegres, ora tristes, mas sempre intensos e sinceros.

Por Nívea Melo

Esclarecimento: Ganhei essas maravilhosas palavras de uma pessoa muito especial. Que há tempos se foi, mas se foi com a noite, e que a cada surgir do crepúsculo, renasça também a sintonia de nossas palavras na saudade. Obrigado

Quando a vi...

Dei-me por passos nas ruas desabitadas. Lancei-me nos encontros rotineiros ao luar, até que um dia comum, se tornaria marcante nas minhas lembranças, e eternamente ilusório nos meus sonhos. Seu olhar não trazia o pavoroso espanto, mas sim a formosura de um elementar horizonte deslumbrante, composta por lírios e magnólias, onde seu aveludado timbre mavioso perjurava meu ouvindo durantes as noites, e contigo trazia a insônia irrelevante. Rolava, debruçava, enrolava entre os lençóis que sempre eram amarrotados pela insônia voluptuosa. Sua beleza era exuberante. Ofuscava todas as belezas naturais ao seu redor. Meu olhar sempre te procurava nos corredores vazios, compenetrados nos acentos desocupados, e no jardim florescidos pelas rosas delegadas a ti.
Olhares pacatos, cobertos de sentimentos, meramente anuviado pelo crepúsculo que te norteava para minha direção, mesmo que seja ilusão de uma constante febre ordinária.
Como alguém pode apaixonar-se em um primeiro desencontro?
Gostaria de ter essa controversa resposta, porém, o silêncio mais uma vez entra em cena para tornar-se o centro de todas as atenções, movendo olhares incautos para uma única direção errônea, calando o grito abafado pelos estreitos nebulosos, e pela neblina esbranquiçada de dores e palidez.
Essas palavras nascem em pleno anoitecer de um sábado eqüidistante, onde o delírio torna-se ubiqüidade em meu singelo corpo desgastado por poesias utópicas.
Continua...

Pablo B. da Silva