sábado, 2 de maio de 2009

Quando a vi...

Dei-me por passos nas ruas desabitadas. Lancei-me nos encontros rotineiros ao luar, até que um dia comum, se tornaria marcante nas minhas lembranças, e eternamente ilusório nos meus sonhos. Seu olhar não trazia o pavoroso espanto, mas sim a formosura de um elementar horizonte deslumbrante, composta por lírios e magnólias, onde seu aveludado timbre mavioso perjurava meu ouvindo durantes as noites, e contigo trazia a insônia irrelevante. Rolava, debruçava, enrolava entre os lençóis que sempre eram amarrotados pela insônia voluptuosa. Sua beleza era exuberante. Ofuscava todas as belezas naturais ao seu redor. Meu olhar sempre te procurava nos corredores vazios, compenetrados nos acentos desocupados, e no jardim florescidos pelas rosas delegadas a ti.
Olhares pacatos, cobertos de sentimentos, meramente anuviado pelo crepúsculo que te norteava para minha direção, mesmo que seja ilusão de uma constante febre ordinária.
Como alguém pode apaixonar-se em um primeiro desencontro?
Gostaria de ter essa controversa resposta, porém, o silêncio mais uma vez entra em cena para tornar-se o centro de todas as atenções, movendo olhares incautos para uma única direção errônea, calando o grito abafado pelos estreitos nebulosos, e pela neblina esbranquiçada de dores e palidez.
Essas palavras nascem em pleno anoitecer de um sábado eqüidistante, onde o delírio torna-se ubiqüidade em meu singelo corpo desgastado por poesias utópicas.
Continua...

Pablo B. da Silva

Um comentário:

Unknown disse...

Oi lembra de mim? Visitei seu blog e pelo que vi gostei muito, substimei vc.É muito inteligente e bom escritor.Vou ser sua seguidora espero que não se importe. Bjos e até breve.