
A saudade é só mágoa por ter sido feito tanto estrago,
E essa escravidão, essa dor não suplico mais!
Quando acreditei que tudo era um fato consumado
Veio a foice e jogou-te longe,
Longe do meu acalento.
No meu corpo não há nenhuma
Instância de paz.
Repentinamente meu cérebro
Entra em colapso, pelo efeito alucinante
De um “velho barreiro”.
A fagulha palpita nos meus olhos pardacentos,
E as pétalas aveludadas são levadas
Pela brisa e borboletas psicodélicas.
O céu se esconde debaixo do surrado tapete,
Feito o seu ávido amor estéril.
Que por circunstâncias hostis
Veraneia ao crepúsculo subjacente,
Esperando agradáveis beijos ao luar eqüidistante.
Pablo Silva