sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Fagulha

A paixão deseja veemente sangue aguado e corações arruinados.
A saudade é só mágoa por ter sido feito tanto estrago,
E essa escravidão, essa dor não suplico mais!
Quando acreditei que tudo era um fato consumado
Veio a foice e jogou-te longe,
Longe do meu acalento.

No meu corpo não há nenhuma
Instância de paz.
Repentinamente meu cérebro
Entra em colapso, pelo efeito alucinante
De um “velho barreiro”.

A fagulha palpita nos meus olhos pardacentos,
E as pétalas aveludadas são levadas
Pela brisa e borboletas psicodélicas.

O céu se esconde debaixo do surrado tapete,
Feito o seu ávido amor estéril.
Que por circunstâncias hostis
Veraneia ao crepúsculo subjacente,
Esperando agradáveis beijos ao luar eqüidistante.

Pablo Silva

2 comentários:

Suelen disse...

Pablo! Você é muito talentoso, sinto-me honrada em ser admiradora das suas poesias...
Gosto de saber em que momento as escreveu...ficam mais emocionantes...
Parabéns!

Anônimo disse...

Lindo! Lindo e simplesmente lindo!
adoreiiiiiiiiiiii como sempre!

Parabeéns mais uma vez! beijos

Tahiana Rover