
À espera do luar,
Perscruto as estrelas,
Escrevo poesias no céu,
E acondiciono-me nas feições
Desorientadas do meu subconsciente.
Assim, pelos caminhos desleais
Desvelo os dias singelos
Ao derramar de círios esmorecidos
Pelo tempo, e pelo tufão
Que perjura à fúria e o ódio doentio.
Minhas lágrimas não se contêm
Nos meus mareados olhos,
E cai feito chuva delinqüente.
As máscaras estão por aí,
Cobrindo semblantes emblemáticos,
Aluindo a cobiça e
Menosprezando o mar de rosas,
Onde se tornam incessível à contingência.
No cantarolar de prosas poéticas
Repousa o eu – lírico,
Criando no delírio os cenários surreais
Para decontaminação dessa progênie espúria.
Pablo Silva
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