sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Cabresto Repugnante

Mentes vazias no vale das sombras
Perscrutam o som de gotas d’água
Numa gruta sub-húmida inabitada.

Idéias fixas percorrem pelos corredores dementes
Pernoitando a turva alienação
De pseudointelectuais.

Os fantasmas povoam
Os sorrisos falseados
Pela constância quotidiana
Do senso comum.

A auto-sensura tramita
Nos meus pensamentos,
E reflete na acorrentação
De palavras mesquinhas e supérfluas.

Oh mata-me depressa!
Meu corpo não resiste nesta democracia
Coberta por panos conspurcados,
Onde o único grito de iniqüidade
Que se ouve, é do ditador de devaneios.

Pablo Silva

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