
Meu límpido céu de nojo.
Os ruídos de cordas elétricas
Ecoam pelos corredores escuros,
Abafando o grito rouquenho de silêncio perduro.
A melancolia esbravejada caminha
Lado a lado com o tédio e o medo.
As dúvidas em dimensões
Causam os sobressaltos
Que perjuram as ruas despidas.
O céu cinzento abarca os semblantes
Trajados pela constância de calúnias,
E encenações num palco sem platéia.
Ao criticar-me destemidamente
Tornarei um espírito vagante
A procura da etnia simplória,
Para fazer dela minha morada infinda.
Quem mo dera poder peregrinar
Por entre as magnólias imémores,
Madrugar nos martírios voluptuosos,
Poder afugentar-me
Na fantasmagórica imagem
Da ninfeta perfeita.
Entre sinos, acordar.
Entre lençóis, amarrotar-me-ei.
Já não sinto o amargo da nostalgia
Em minha boca.
O néctar dos lírios leva-me a contemplação
Do mundo das borboletas,
Vigorando a lua em uma noite
Residida por estrelas.
Pablo Silva
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