sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Insanidade

Há tempos me perdi!
Não consigo encontrar-me
Na chuva deliquente que caí lá fora,
Nem no improvável
Mar ostentoso que corrobora.

Vôo entre pétalas de um velho lírio
Conjuturado de páginas
De meu livro não lido.

Submerso nas minhas
Lágrimas conspurcadas,
Permaneço na sarjeta do crepúsculo,
Esperando o brilho eterno
De um alvedrio duradouro.

Nas entranhas
Da minha imémore alma,
Deturpo a soberania popular
Acorrentada pelos deslumbrados.

Espelhos e imagens
São a contradição
De uma realidade desfigurada,
Aluindo a cobiça
E a agiotagem de pseudocapitalistas.

Perdido nos pensamentos levianos,
Desvelo a agnosia
Dos elitistas blasfemadores,
Que almeja somente os desníveis sociais.

Deixe-me fingir
Na hora rir,
Das benevolências irreais
Dos seres humanos
Desleais.

Pablo Silva

Um comentário:

Anônimo disse...

Nunca pensei que fosse gostar tanto, ate pareci que vive tudo o que sinto tambem...
Mais um que me identifiquei!!!
beijos
leticia cruz