sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Devaneio Arraigado

Quando a vejo
Veraneio na ventura
Para buscar na dor o amor.

Quando a tenho,
Meus vistosos lábios
Prevêem agradáveis
Poesias utópicas.

Em devaneios,
Deliro na petulância
De um sentimento de outono.

É bela como a lua fulgurante,
Que entre brisas e pétalas
Voam também as patativas
Anunciando o cortejo do anjo d’álvorada.

A morte já não é o
Caminho para o sublime.
Pois quando a tenho
Em meus braços,
Morrerei sorrindo
No jardim desvairado.

Pablo Silva

Nenhum comentário: