sexta-feira, 24 de abril de 2009

Amargura nostálgica

Carrego em meus ombros uma cultura morta, onde seus corpos estão em decomposição.
O velado foi desvelado, para mera alienação.
Mulheres nuas estão expostas nas prateleiras da insignificância, gozando de sua agnosia.
Minha falsa consciência repudia tamanha ingenuidade desses seres mefíticos.
Contaminam o crepúsculo com seus dialetos supérfluos, persuadindo o pobre de sonhos para a morte mesquinha e ininterrupta, crucificando meu subconsciente por está actual na holística absoleta.
Na proeza imensurável, poetizo o escárnio para isentar-me das penas do inferno, onde este mundo está condenado aos valdevinos estupendos.
Manipulam a apologia arraigada na demência social, em que minhas pálpebras entram em colapso por assistir toda essa carnificina, organizada pela necrofilia televisiva.
Os portões do inferno absorvem os malditos malfeitores fanáticos que fomentam a edificação da sociedade insana canibalesca.
O fim está próximo, bem vindo ao flagelo!
Resta-nos resguardar o manifesto do mavioso crepúsculo.

Pablo B. da Silva

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