
Ao vento mofino.
Oh, melancolia preciosa
Circula em meu sangue aguado
Feito a vertiginosa
Poesia desgraçada
Que usurpa meu sono
Para ser designada
No velho livro despido
De moléstia incauta.
As lágrimas já não
Degeneram meus passos,
Nem sequer devaneia
Com a virgem rosa de mel.
Eis aqui, tuas pétalas
Que murcham ao canto mavioso
Das patativas do inferno.
Teu cantarolar entrelaçado
Nos meus lábios vistosos,
Vangloriando meu amor
Enraizado de medo e cravos.
Na suprema despedida
Meu cálice mistura-se
Ao veneno das tuas lembranças,
Envolvendo-me na nevada
Voraz e afável.
Pablo B. da Silva
Um comentário:
Olá Pablo
Que linda mensagem a uma Lira... Efêmera!
Aos poucos vou descobrindo onde há Poetas e não são de (m....)
Um abraço e permita que o siga pelo meu blog.
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